CONTEÚDOS

Logística
Publicado em 30 de Agosto de 2021
Paletização robótica ou convencional? Saiba qual a melhor opção
Já pensou estar dirigindo numa rodovia e ao olhar para o lado se deparar com um caminhão sem motorista? Os caminhões autônomos já são realidade e isso traz uma questão à tona: o Futuro da Logística!
“Self Driving Trucks”, Drones, Sistemas com Inteligência Artificial e Nuvem são os conceitos mais discutidos quando o tema Logística 4.0 é abordado, porém, o que de fato se mostrará efetivo no cenário brasileiro?
Caminhões Autônomos
Em 2016, a Uber de fato já vislumbrava (e há algum tempo) as grandes mudanças que viriam surgir no transporte de mercadorias e passageiros, tanto é que adquiriu a Startup israelense de caminhões autônomos OTTO, por incríveis 680 milhões de dólares.
Não muito tempo depois, em outubro do mesmo ano, a empresa já divulgou a primeira “entrega autônoma” – 45.000 latas da cerveja Budweiser. “Entrega autônoma” entre aspas porque um motorista humano era necessário durante os percursos urbanos.
A Volvo, outra referência em pesquisas do segmento, anunciou no passado um pequeno spoiler do que podemos esperar de seus futuros caminhões e também da logística. Obs: vídeo em inglês, mas com opção de legendas.
https://www.youtube.com/watch?v=ez5xYEp9xdg
Nos Estados Unidos, mais de 60 empresas possuem licença para testar caminhões autônomos em rodovias públicas. Quando trazemos o conceito ao Brasil, ainda estamos dando os primeiros passos.
São poucos os caminhões autônomos em circulação em solo nacional, e esses estão sendo empregados em circuitos fechados (mineradoras, plantações), e não vias públicas.
As dificuldades dessa tecnologia estão relacionadas principalmente ao trajeto nas cidades: como garantir a segurança dos transeuntes ao mesmo tempo em que o sistema compreende os semáforos, os pedestres e outros carros em vias estreitas e sujeitas a inúmeras situações?
Além disso, ainda temos o roubo de carga e os buracos nas estradas, que não podem ser desconsiderados como dificultadores.
Levando isso em conta, é provável que o mercado inicial para essa tecnologia se dê em circuitos fechados (fazendas, plantações, mineradoras etc) e demore mais para chegar em rodovias, e mais ainda dentro de grandes cidades.
Automação do Armazém
Falamos bastante sobre os EUA, mas a Europa não fica atrás em nenhum aspecto e no vídeo a seguir a gente trouxe um exemplo de automação de estoque criado por uma empresa belga:
https://www.youtube.com/watch?v=S8zDRu72HD0
As máquinas são guiadas através de um sistema avançado que combina a separação, organização, entrada e saída de produtos de acordo com as demandas esperadas.
Os benefícios de adotar práticas automatizadas variam desde redução de acidentes e custos até eficiência na organização das mercadorias. Integrando-as com Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), ganha-se um nível extremamente elevado de controle sobre as operações.
Principalmente quando levamos em conta a dinamicidade e crescimento do e-commerce, a automação passa a ser um diferencial e tanto.
Uma pesquisa de 2015 feita pela ABComm constatou que 61% das lojas virtuais têm problemas relacionados à entrega, sendo o atraso o mais constante.
Dito que a Logística 4.0 tem foco especialmente no cliente (suprir suas necessidades de maneira ainda mais eficaz), atrasos podem ser extremamente danosos à marca, já que caminham no sentido contrário à experiência do usuário satisfatória.
Sobre sua aplicação, as pequenas e médias empresas já conseguem acesso a softwares eficazes e que realmente auxiliam na organização dos estoques e da demanda, porém, o nível de automação contido no vídeo ainda está um pouco distante desse público, visto que o investimento é relativamente alto.
Quanto à armazenagem, o pallet plástico é o mais vantajoso em relação ao papelão e a madeira. Pois os pallets de plástico são mais higiênicos além de maior vida útil e são sustentáveis.
Com as transações do comércio internacional se faz necessário uma atenção maior em tudo o que se refere à sustentabilidade e a responsabilidade, as indústrias estão conhecendo outros tipos de pallets, dentre eles o de plástico e suas novas tecnologias.
Esse material proporciona uma série de benefícios não só para o trabalho diário, mas também para a conservação dos pallets e dos produtos suportados por eles. As consequências, claro, são muitas e positivas.
Same Day Delivery (B2C) e talvez Drones
Comprar e receber no mesmo dia é um serviço que tem atraído inúmeros adeptos e conquistado os clientes, afinal, quem não gostaria de receber um produto no mesmo dia?
Trata-se de um serviço um pouco difícil de ser aplicado ao B2B, devido a quantidade de mercadorias em um só pedido.
A dificuldade da aceitação desse tipo de serviço é o preço: por se tratar de uma entrega no mesmo dia, produtos com baixo valor podem não compensar, visto que só a entrega pode custar cerca de 30 a 40% do produto.
Será que veremos, a seguir, empresas optando por entregas no mesmo dia ou fazendo parceria com Uber e semelhantes, oferecendo um serviço similar ao de comidas, porém, de produtos? Essa é a tendência…
Além disso, temos também os tão famigerados drones, que há um certo tempo vêm sendo usados para diversas funções.
No Brasil, sobretudo em grandes metrópoles, entretanto, a fiação e possíveis roubos também dificultam a operação desses equipamentos.
Impressão 3D
Talvez uma das invenções recentes mais significantes, as impressoras 3D já estão sendo usadas em estudos para tentar recriar até órgãos. E quando aplicadas à Logística, apresentam grande potencial e podem revolucionar a Supply Chain.
De modo geral e resumido, ela funcionaria como um potencializador logístico que permite maior customização e criação de produtos sob demanda.
A automação do processo de paletização é uma decisão que permite eliminar problemas ergonômicos causados aos operadores e aumentar a velocidade e a precisão dessa tarefa.
E, quando essa decisão é tomada, é possível escolher entre duas categorias, a convencional ou a robótica. Cada uma possui características e benefícios distintos e, para escolher a melhor opção, nada melhor do que entender as suas diferenças.
Antes de tudo, é importante elencar as necessidades da empresa e outros fatores importantes, como a quantidade de mercadorias a ser movimentada e a taxa de produção pretendida. Essas informações ajudarão a escolher o formato de paletização mais adequado e com o melhor custo-benefício.
Paletização convencional
A paletização convencional pode ser dividia entre a de baixo e alto nível. Uma paletizadora de baixo nível manobra as mercadorias transportadas por esteiras. A paletizadora, então, empurra ou levanta a fila de produtos da esteira e a coloca na mesa de formação de acordo com o padrão desejado. Esse processo se repete até serem formadas diversas filas que preencham uma camada completa de produtos na mesa de formação.
Depois, cada camada é elevada ou abaixada para que seja possível descarregar as mercadorias no pallet que, então, é deslocado e substituído por um vazio para que o processo comece novamente.
Já as paletizadoras de alto nível trabalham levantando ou abaixando os pallets, e não as mercadorias. As camadas de produto ficam fixas e, normalmente, é usada para organizar produtos que pode ser comprimidos.
Vantagens e desvantagens da paletização convencional
As paletizadoras convencionais permitem adaptação a diversas velocidades de produção. Em alguns casos, é possível paletizar até 200 caixas por minuto. A sua manutenção não requer um conhecimento especializado. No entanto, por contar com muitas operações mecânicas, ela necessita de mais cuidados do que a paletizadora robótica.
Um ponto importante é que as paletizadoras convencionais são desenvolvidas para paletizar um tipo de mercadoria por vez. Quando se trabalha com pallets de alta qualidade, porém, é possível ter um resultado altamente estável.
Por fim, é preciso considerar o fato que a paletizadora convencional é um equipamento grande e, por isso, requer um espaço considerável na planta e na altura para que possa operar.
Paletização robótica
A paletização robótica está em pleno desenvolvimento. Nessa modalidade, um robô consegue realizar as atividades para as quais for programado de forma autônoma. Além disso, a garra pode ser personalizada para movimentar produtos e quantidades específicas.
Justamente por sua característica de personalização, a paletizadora robótica pode manobrar uma ou diversas unidades por vez, além de despaletizar as mercadorias usando um sistema de visão.
Vantagens e desvantagens da paletização robótica
A velocidade da paletizadora robótica varia muito, podendo chegar a 1.200 latas por minutos, por exemplo, ou 40 sacos por minutos. Por possuir menos componentes mecânicos que as convencionais, ela demanda menos tempo de manutenção e de parada. No entanto, é preciso conhecimento específico para realizar esse tipo de tarefa.
A paletizadora robótica também apresenta uma versatilidade muito grande. A garra permite adaptar o processo para praticamente todos os tipos de necessidades. Já existem, por exemplo, garras a vácuo, com dedos e magnéticas que permitem movimentar vários contentores de uma só vez, independentemente de seu formato.
O tamanho da paletizadora robótica varia de acordo com a configuração do sistema. Porém, é possível fazer a instalação em espaços apertados sem prejudicar os padrões de segurança.
Vale ressaltar, por fim, que o custo das paletizadoras convencionais e robóticas são equivalentes. Por isso, é fundamental entender as necessidades do negócio antes de tomar essa decisão!
Gostou desse conteúdo? Acesse agora o blog da Inplastic e aproveite nosso acervo com vários temas para otimizar a logística da sua empresa!